Admirável Mundo Novo: será??: Para não dizer que não falei das flores e da VIVO
- evelynrozenbaum

- 3 de jul. de 2023
- 4 min de leitura
Atualizado: 31 de jul. de 2023
Percorrendo o mundo dos negócios e ambientes propícios ao networking, andei vasculhando, me informando e atualizando o que vem sendo feito por ai em relação aos direitos da mulher.
Trago número que embora de 2018 ainda são bastante assustadores e acredito que atuais: Você sabia que aumentou 26.000% o assédio virtual nos últimos 3 anos? Que 60% das mulheres assassinadas por serem mulheres morrem até os 40 anos de idade? 4 meninas de até 13 anos são estupradas no Brasil a cada hora? 61% das mulheres assassinadas são negras? 90% dos assassinatos de mulheres é cometido pelo companheiro ou ex companheiro?? (fonte pesquisa “a voz das redes “2018).
A presença de homens tanto nos eventos, (por ex: FIESP : Combate à violência de gênero nas empresas: novas demandas e certificações) como atuando e colaborando neste caminho mostra que esta pauta não faz mais parte de um movimento isolado, e apesar de todos os nãos está ocupando salas em SP, Brasília, e mundo afora para garantir o espaço e a voz das mulheres.
Agradeço e parabenizo a juíza Renata Gil e todas parceiras e ativistas por toda esta batalha e persistência. Orgulho de ser mulher, e fazer parte de um país que apesar de todos os pesares está enxergando e, pelo bem ou pelo mal, abrindo as portas da frente para esta batalha. Mas o caminhar está só começando...
Esta pauta não é exclusiva das mulheres, dos governos. Só vai para frente se tiver apoio e participação de todos, aí incluo o setor privado, homens, magistrados e pessoas como nós. Não adianta esperar, como dizia Geraldo Vandré: “Vem vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer”
A questão da mulher, seus direitos e tudo mais é muito séria. Já vemos empresas que tomaram a liderança e abraçaram este assunto causando mudanças dramáticas na vida de mulheres que por anos/vidas tiveram sua liberdade castrada e precisaram por um ou outro motivo manter seus empregos, casamentos, status quo e, que agora sentem-se apoiadas e acharam um canal para sua voz e um acolhimento para sua dor.
Dentre estas empresas, o Instituto Avon com seu programa Violência contra Mulheres e Meninas no Brasil, desde 2008.
Para minha surpresa e encantamento vi na Vivo, passos em direção a um olhar diferenciado sobre a mulher em algumas frentes. Embora não tenham divulgado – ao menos esta iniciativa não chegou nem a mim e nem a meus conhecidos – a Vivo através de seu terceiro oferece uma equipe exclusiva feminina para o atendimento técnico nas residências.
As moças são super bem treinadas, conhecem o assunto, gostam do que fazem e rapidamente resolvem a questão para que foram chamadas.
Peço a vocês leitores, que interajam com este artigo e me digam se conheciam esta possibilidade de atendimento da Vivo.
Pois bem, o que é mais chocante é que nem os colaboradores internos sabem!!! OOPPPPS, estamos falando de uma iniciativa que não só valoriza as mulheres, mas dá oportunidade em uma área executada majoritariamente por homens e, também tem o propósito de deixar consumidoras do gênero feminino mais confortáveis com a visita técnica, inclusive aquelas que moram sozinhas.
A tecla que vemos batendo tanto na área de atendimento (CX) como na de ESG é a falta de alinhamento das soluções oferecidas e entregues pela empresa. Tempos atrás, muitas das empresas não se importavam com estas questões, e, portanto, não existiam e nem eram pautadas nas reuniões.
Atualmente com esta exigência por parte dos investidores e, também pelos consumidores – não há muita escapatória e a questão que fica é: vai ser feito de verdade ou só para inglês ver??
Então voltamos para a Vivo, cujo serviço e atendimento técnico parecia alinhado com as questões de segurança, gênero, ... Ao procurar a OUVIDORIA da Vivo com dúvidas sobre um serviço oferecido pelo técnico, não só fui informada de que o técnico não era da Vivo, que fui vítima de um golpe e, que a Vivo não realiza serviços dentro da residência, tão pouco vende produtos. Me orientou a fazer um BO contra o técnico (no caso seu funcionário), me apavorando com a sugestão que uma gangue entrou em casa usando o uniforme e crachá da Vivo.
Depois de semanas consegui entender o caso , que deixou uma mancha em toda minha experiência com a Vivo e uma questão injustificável: do que adianta a Vivo formar equipes femininas para dar um maior conforto às mulheres, seguir protocolos de segurança, por outro lado lançar novos produtos quando a OUVIDORIA da empresa irresponsavelmente recomenda que faça um BO contra um funcionário que nem ela sabia que trabalha na empresa, gera pânico, está desatualizada em relação aos produtos e serviços oferecidos pela empresa e, além de toda esta trapalhada, nem se preocupa em desfazer o CAOS que provocou.
Deixa a impressão de total descompromisso desta OMBUDSMAN tanto com o cliente, como com os colaboradores e o nome /valores da empresa. E a certeza de desrespeito com o próximo, falta de experiência & competência no cargo que exerce, e leviandade em suas atitudes.
Finalizo este artigo com uma pergunta: qual a função do Ombudsman. É esta pessoa que me atendeu na Vivo que me representa? De quanto vale o tempo, recursos em lançar novos produtos, pensar na questão de segurança dos consumidores e das mulheres em particular quando não há alinhamento e a entidade que deveria responder pela defesa do consumidor nem ao menos tem consciência da exposição negativa que gera à empresa, a seu terceiro e principalmente à suas clientes?


































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