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JORNADA PELA CULTURA DA EMPRESA BASEADA NO ENTENDIMENTO DAS NECESSIDADES E ASPIRAÇÕES DO HUMANO

  • Foto do escritor: evelynrozenbaum
    evelynrozenbaum
  • 6 de nov. de 2023
  • 4 min de leitura

Evelyn Rozenbaum

Leitura: 4 minutos

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Tive a oportunidade semana passada de conversar com Richard Barrett, autor britânico de diversos livros sobre liderança, valores, consciência e evolução cultural nos negócios e na sociedade e com Gui Marback, sócio-diretor da Crescimentum que aplica entre outras a metodologia de Barrett com o objetivo de transformar pessoas e organizações.


Richard Barrett criou um modelo baseado na identificação dos 7 níveis de consciência e, utiliza este método tanto para indivíduos como empresas. Dependendo do grau de maturidade e, portanto, do nível de consciência que a empresa se encontra, o modelo consegue identificar a cultura dentro das mais diversas organizações.


O princípio baseia-se no ser humano e na sua capacidade de superação das necessidades básicas: sobrevivência, relacionamento e conexões, auto-estima (sucesso, notoriedade); então passa para o nível de transformação (aprendizagem, compreensão, autonomia, responsabilidade e desenvolvimento contínuo), coesão interna, fazer a diferença através de colaboração e parcerias para alcançar o último nível de consciência - chamado por Barrett de serviço, onde o indivíduo deixa de lado o interesse próprio e trabalha para um objetivo muito maior.


Tendo vivenciado os períodos da pandemia e pós pandêmico com toda a sorte de mudanças (para o bem e para o mal) pergunto a Barrett a respeito do que mudou nas empresas e em sua cultura com o advento da pandemia que acelerou o mundo, seus processos e interações. E, se vê mudanças na nova geração que está entrando nas empresas e assumindo posições.


Segundo Barrett, a adaptação dos jovens à cultura das empresas tem um desafio diferente do normal “você vê que essas novas gerações estão subindo na escala de valores. E, se a organização estiver disposta a se adaptar e crescer essas pessoas ficarão muito felizes. Mas se não houver, eles irão para algum lugar, eles não vão ficar”.


De acordo com ele, os jovens hoje em dia se sentem mais seguros em suas vidas porque muitos deles nunca tiveram que se preocupar com a sobrevivência ou com a segurança. Para eles é natural tentar obter o tipo de cultura que desejam. Eles já partem de outro patamar de necessidades e aspirações. Portanto, se não conseguirem encontrar a liberdade e auto expressão eles buscarão em outro lugar, eles buscam a liberdade para inovar.

Se entrarem em uma organização que seja hierárquica e burocrata, não ficarão, não estão abertos ao sistema antigo, eles querem trabalhar no novo sistema.


O mundo empresarial atual está evoluindo e está mais conectado e isto requer tecnologia. Estamos exigindo da tecnologia a possibilidade de ter em primeiro lugar mais conectividade entre as pessoas e, em segundo lugar mais dados. Então, quanto mais conectividade, permite que você tenha uma forma de trabalho híbrida, trabalhe em casa e trabalhe no escritório, mas você ainda pode se conectar com as pessoas através do Zoom e todas essas outras técnicas e haverá ainda mais por vir. A tecnologia está apoiando a evolução da consciência para a conectividade.


Mas, por mais que o mundo esteja híper conectado, respiramos tecnologia e inovação – tanto Barrett como Marback utilizam a abordagem humanista e instrumentos de assessments para medir a cultura por valores de sistemas humanos.


O foco está no humano, apesar de estarmos na era da IA, a evolução e a transformação são motivadas pelo humano, pelo indivíduo. A conexão é fundamental, seja ela física ou virtual.


Segundo Marback, do ponto de vista da jornada evolutiva do ser humano, em qualquer lugar do mundo, qualquer individuo tem necessidades básicas e fundamentais do ego, tem aspirações e desejos da alma, e essa dinâmica que ele traz se aplica a qualquer ser humano, em qualquer lugar. Claro que ela tem uma influência dos aspectos culturais regionais, mas para qualquer lugar que voce vai voce tem a necessidade básica de se manter viável de sobreviver, de atender suas necessidades básicas de segurança, suas necessidades fortalecimento, do senso de pertencimento e a necessidade básica de auto estima, para então poder liberar aspirações de sua alma, aspirações que são mais de sua conexão.


Estudos de entendimento da cultura e valores são complexos e demandam tempo, engajamento e principalmente maturidade e compreensão da alta liderança para dar suporte e assumir e desenvolver a responsabilidade e trabalhar as oportunidades que surgem ao cuidar da cultura como uma fonte de alavanca de melhoria de resultados.


Muitas pessoas da alta liderança preponderam a atenção ao atendimento às necessidades de curto prazo em detrimento de um processo evolutivo de médio e longo prazo e esse é sempre um obstáculo. Quando não se resolve isso de forma estruturante sempre vai ter que lidar, ano após ano com as mesmas necessidades de questões culturais que não se resolve a curto prazo.


Outra oportunidade fundamental é que tratando a cultura interna, aumenta o engajamento dos colaboradores e assim reflete no atendimento ao cliente afinal, apesar de tanta robotização IA, bots, chats estamos lidando com pessoas e assim que queremos ser tratadas.


Portanto apesar de termos cada vez mais a tecnologia envolvendo nosso dia a dia, facilitando conexões, estreitando laços, e facilitando os processos – se não cuidarmos do básico, valores, cultura e do ser humano de nada adianta tanta evolução!

 
 
 

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